Coluna – O que dizem os números após 24 rodadas da Série A

10 de dezembro de 2020 Off Por Agência de Notícias

Os números são frios, mas não costumam ser muito diferentes das médias, na história da Série A do Brasileirão. Apesar do muito de imprevisibilidade que existe no futebol e das inúmeras variantes envolvidas em uma partida, eles guardam informações que se repetem em muitas oportunidades. Um exemplo, desde 2003 o lanterna do primeiro turno sempre foi rebaixado para a Série B, isso sem exceção. Já o tal número mágico de 45 pontos para escapar do rebaixamento nem sempre funcionou. Em 2013, o Fluminense, com 46 pontos, cairia, mas escapou por conta do caso Héverton, da Portuguesa. E em 2009 o Coritiba, com 45 pontos, acabou rebaixado.

Dito isso, vamos aos cinco últimos anos do Brasileirão. Ver como estavam o G4 e a zona do rebaixamento, de 2015 a 2019, para tentar imaginar o que pode acontecer na atual edição do campeonato, tão diferente das demais. Não apenas pela ausência de público nos estádios, mas pelo desempenho das equipes em casa, com apenas 42% de vitórias dos mandantes, o índice mais baixo desde a implantação dos pontos corridos com 20 clubes na disputa, em 2006.

O São Paulo, por exemplo, pode ficar mais confiante. Corinthians, em 2015 e 2017, Palmeiras, em 2016, e Flamengo, em 2019, lideravam o Brasileirão na 24ª rodada e foram campeões. A exceção foi o Internacional, em 2018, que tinha 49 pontos, mas terminou em terceiro lugar, o campeão foi o Palmeiras naquela oportunidade.

Briga boa! Aquele equilíbrio que você já sabe, né? 24/38. Como será o amanhã? Tô ansioso para descobrir! Vamos juntos… Ainda tem muito #CampeonatoDoBrasileiro 🇧🇷 pra rolar! pic.twitter.com/JoHQ1H57Ho
— Brasileirão Assaí (@Brasileirao) December 8, 2020

Já na parte de baixo, sempre houve mudança entre os quatro últimos colocados, sendo que em 2017 e em 2018 dois times acabaram escapando. Em 2015, o Coritiba era o 17º, mas quem caiu foi o Goiás, que era o 14º. Em 2016, o Vitória era o 18º, mas o Internacional, 16º, foi o rebaixado. Em 2017, São Paulo (17º) e Vitória (19º) fugiram da queda, entrando Avaí (13º) e Ponte Preta (15º). Em 2018, Ceará (18º) e Chapecoense (19º) foram substituídos no Z4 por América-MG (11º) e Vitória (12º). E por fim, em 2019 o Ceará (17º) escapou, e quem caiu foi o CSA (15º). Na grande maioria dos casos, a diferença era de um ou dois pontos, mas em 2018 o América-MG estava seis pontos à frente do Z4 e o Vitória a cinco.

No momento, o Athletico-PR, com 28 pontos em 12º lugar, está a quatro pontos do Z4, mas o Vasco tem um jogo a menos. Ou seja, a diferença pode ser ainda menor. E entre os dois estão Bahia, Bragantino, Atlético-GO e Sport. Para o Vasco, portanto, a matemática é favorável, o que não acontece com Coritiba e Botafogo, que pelos números só teriam como alcançar o Sport. Ou seja, um dos dois, pela estatística dos últimos cinco anos, cairia. O Goiás, infelizmente, se encaixa no histórico rebaixamento do lanterna do turno.

Mas antes de encerrar, gostaria de fazer um alerta aos torcedores rivais. Pode ser legal, por exemplo, os torcedores de Flamengo e Fluminense provocarem os de Vasco e Botafogo. Mas lembro que, sem os dois adversários locais, os times terão de fazer mais duas viagens. E, por menores que sejam, serão mais desgastantes do que atravessar a cidade para jogar na Zona Norte. – Sergio du Bocage – YWD 50083