Governo Federal apoia o Acre no atendimento a famílias atingidas por enchentes
22 de fevereiro de 2021O Governo Federal está apoiando o governo do Acre no atendimento aos municípios que estão passando por fortes enchentes, que já atingiram cerca de 130 mil pessoas. Desde a última quinta-feira (18), técnicos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), estão no estado para auxiliar autoridades locais na elaboração dos pedidos de reconhecimento de situação de emergência e na solicitação de recursos federais para auxiliar a população atingida e recuperar infraestruturas públicas danificadas.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, recebeu o governador do Acre, Gladson Cameli, para tratar sobre as necessidades do estado ante as cheias. Na ocasião, o titular do MDR reafirmou o compromisso do Governo Federal na ajuda ao Acre e destacou que não serão medidos esforços para apoiar a população atingida.
Nos próximos dias, será montada uma Sala de Coordenação para articular a atuação dos órgãos federais na região. As ações serão centradas no apoio aos processos de reconhecimento de situação de emergência e de solicitação de recursos; coordenação de agências federais já em atuação na região; apoio e orientação ao estado e a municípios para coordenação do desastre; e análise de apoio adicional.
Migração
A fim de mitigar a crise de imigrantes – na maioria haitianos e venezuelanos, mas também colombianos e equatorianos – que tentam atravessar a fronteira do Brasil para o Peru, com destino ao México e depois aos Estados Unidos, além de auxiliar no acolhimento de famílias desabrigadas pela cheia do Rio Acre, o secretário nacional de Assistência Social (SNAS), do Ministério da Cidadania, Miguel Ângelo Oliveira, está na região para avaliar a conjuntura e orientar os gestores públicos. O objetivo é definir a alocação dos recursos que o estado e os municípios já possuem e, caso necessário, solicitar verba emergencial.
Cerca de 400 imigrantes que já estavam em território brasileiro chegaram no último dia 12 a Assis Brasil, fronteira do Brasil com o Peru, na tentativa de atravessar para o país vizinho. São haitianos, venezuelanos, colombianos e equatorianos. Porém, o governo peruano optou por fechar a fronteira com o Brasil desde março de 2020, em decorrência da Covid-19. Houve conflito de imigrantes com autoridades da fronteira e as Forças Armadas peruanas.
Segundo a prefeitura, cerca de 150 imigrantes estão amparados em abrigos da região, já com apoio do Ministério da Cidadania. Outros 100 permanecem acampados na fronteira. A maioria dos imigrantes documentados vieram de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro para cruzar a fronteira com o Peru.
“É uma situação em que precisamos ficar atentos porque a fronteira está fechada. Foram divulgadas informações erradas de que ela estava aberta e que as pessoas poderiam passar por aqui e depois se deslocar até o México. Também temos a informação de que há uma ação articulada de ‘coiotes’ para influenciar e trazer esses imigrantes para realizar a travessia”, alertou o secretário Miguel Oliveira.
Previsão de chuva
A previsão climática para os próximos dias é de mais chuvas intensas na região. Os dados foram compartilhados durante reunião virtual entre representantes da Defesa Civil do Acre e de órgãos do Governo Federal para avaliar a situação no estado e o prognóstico climático. O volume de chuvas previsto para os próximos sete dias é alto – cerca de 100 milímetros, com possibilidade de algumas localidades registrarem até 150 milímetros de precipitações.
“É importante estarmos todos juntos para, unidos, vencermos esses desafios. Defesa Civil somos todos nós, e não é só um jargão. Precisamos unir esforços para dar uma resposta para o estado e disponibilizar todo o suporte necessário à população”, destacou o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas. – Agência Brasil – YWD 986466