Morte de policial militar baiano repercute no Plenário na Câmara
10 de abril de 2021A morte de um soldado da Polícia Militar da Bahia por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) durante um aparente surto psicótico, depois que ele atirou diversas vezes para cima e contra outros policiais, repercutiu na sessão do Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (30).
O deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) pediu a exoneração ou renúncia do comandante-geral da Polícia Militar da Bahia. Ele não tem mais condição moral de conduzir a tropa. Quanto ao governador, o tempo dirá, as urnas dirão no ano que vem. A perda desse policial simboliza a anarquia que se aproxima. O Brasil não pode dobrar os joelhos a tamanha imbecilidade, declarou.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) criticou Coronel Tadeu por acusar o governador Rui Costa de ser responsável pela tragédia. Ela lamentou a morte do soldado. O jovem foi vitimado pelo vírus do extremismo e surtou. Foram horas de negociação, a família estava vindo de Itacaré. Somente depois de ele sacar um fuzil, à queima roupa, contra os seus colegas, é que houve uma reação, justificou.
O deputado General Girão (PSL-RN) ponderou que o comando da Polícia Militar deveria ter identificado os problemas de estresse emocional do soldado da PM. General Girão afirmou que o Congresso Nacional está ficando calado diante das ações dos governadores, que negam o direito ao trabalho por causa das medidas de isolamento social para combater a pandemia.
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que o governo Bolsonaro está isolado da população, e por isso tenta enfrentar os governadores e desestabilizar as polícias militares. O lockdown na Bahia não tem sido marcado por qualquer tipo de violência ou repressão a trabalhadores, defendeu. A Polícia Militar da Bahia, de grande tradição, também sofre neste momento. Mas nós não podemos aceitar a politização extremada um fato que é, acima de tudo, lamentável, disse.
A deputada Alê Silva (PSL-MG) afirmou que os apoiadores do presidente da República não estão estimulando o motim entre as polícias. Somos a favor é do uso do bom senso por parte dos governadores e das polícias, porque estamos vivendo um momento crítico, quando há muita desinformação, um momento de insegurança jurídica, ponderou. O trabalhador, o comerciante, o autônomo estão se sentindo altamente injustiçados por estes decretos de lockdown, promulgados por governadores. O trabalhador não pode ser confundido com o bandido. Temos aqui inúmeras famílias passando fome, e não há auxílio emergencial governamental no mundo que supra as necessidades desse trabalhador, como a que pode ser suprida por meio do trabalho, afirmou.
O deputado Jorge Solla (PT-BA) acusou a presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, Bia Kicis (PSL-DF), de mentir nas redes sociais para estimular motim da Política Militar. A deputada também foi criticada na reunião da CCJ, onde foi defendida por aliados.
– Câmara dos Deputados – YWD 991940