ntercâmbio acadêmico “Por dentro do Supremo” recebe 250 inscrições
31 de janeiro de 2021Em um dia de nervosismo no mercado financeiro, tanto no Brasil quanto no exterior, o dólar voltou a aproximar-se de R$ 5,50. A bolsa de valores teve a maior queda diária desde outubro, depois de bater recorde no início de janeiro.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (29) vendido a R$ 5,474, com alta de R$ 0,039 (+0,71%). A cotação chegou a abrir com pequena queda, mas a tendência de valorização firmou-se ainda durante a manhã.
A divisa terminou a semana estável em relação a sexta-feira passada (22). O dólar só não subiu por causa da forte queda de 2,71% na terça-feira (26), quando a cotação tinha fechado em R$ 5,327. A moeda norte-americana terminou janeiro com valorização de 5,53%, depois de ter caído em novembro e em dezembro.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, teve um dia de tensão. O indicador fechou a sexta-feira aos 115.068 pontos, com recuo de 3,21%. Este foi o maior tombo desde 28 de outubro, quando o índice tinha caído 4,25%.
O Ibovespa terminou janeiro com queda de 3,3%. O índice começou o ano em alta, chegando ao fechamento recorde de 125.076 pontos em 8 de janeiro. De lá para cá, a bolsa passou a acumular perdas.
Fatores domésticos e externos interferiram no mercado financeiro nesta sexta. No Brasil, os investidores estão preocupados com o resultado da corrida para as eleições que decidirão o comando da Câmara dos Deputados e do Senado, na próxima segunda-feira (1º). No exterior, as principais bolsas caíram por causa dos atrasos na vacinação contra a covid-19 em vários países e da onda de compra de ações de empresas em dificuldade por pequenos investidores.
As compras coordenadas de papéis de empresas com problemas de caixa têm provocado prejuízos em grandes fundos nos Estados Unidos. Para cobrir as perdas, esses fundos vendem ações em suas carteiras, provocando queda nos principais índices norte-americanos.
Com inscrições encerradas no último dia 22, a primeira edição do programa de intercâmbio acadêmico “Por Dentro do Supremo” atraiu o interesse de 250 estudantes de todo o país. A próxima etapa será o processo seletivo para o preenchimento das vagas: são cinco para estudantes de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) e 15 para estudantes de graduação.
Diversidade
Na seleção dos intercambistas, serão levados em consideração, além da excelência acadêmica, parâmetros de inclusão, para que haja diversidade de gênero, étnico-racial e regional dos participantes. O edital buscou também a inclusão de estudantes de diferentes cursos, como Direito, Ciências Sociais (Ciência Política, Sociologia e Antropologia), História, Gestão de Políticas Públicas e Economia.
Atividades
O intercâmbio acadêmico ocorrerá na data provável de 9 a 11/3 e será integralmente virtual, em razão da necessidade de distanciamento social para a contenção da pandemia do coronavírus. Entre as atividades previstas destacam-se aulas magnas com ministros e juristas, acompanhamento de sessões de julgamento, conversas com assessores e servidores sobre os principais temas da pauta da sessão, aulas e oficinas sobre o desenho institucional do STF e seus processos de trabalho e pesquisa. Também serão oferecidas visitas guiadas (tour virtual) para que os intercambistas possam conhecer a história, o espaço arquitetônico e a rotina de trabalho do Tribunal.
Perfil dos inscritos
Dos 250 inscritos, 51,2% são mulheres e 48,8%, homens. Em relação à diversidade racial, segundo a autodeclaracão no formulário de inscrição, 60% são brancos, 26% pardos, 8% pretos e 2% amarelos. Outros 4% dos inscritos não declararam sua identidade étnico-racial.
O programa recebeu inscrições de 23 estados e do Distrito Federal, sendo 43,2% da Região Sudeste, 19,6% da Região Nordeste, 18,4% da Região Sul, 12% da Região Centro-Oeste e 6,8% da Região Norte. Os cinco estados brasileiros com maior número de inscritos são São Paulo (18,8%), Minas Gerais (13,6%), Rio de Janeiro (10,8%), Rio Grande do Sul (8%) e Paraná (7,2%). Dos 250 inscritos, 84,4% cursam a graduação, 9,6% estão no mestrado e 6% no doutorado.
Grande adesão
Para o secretário-geral do STF, Pedro Felipe de Oliveira Santos, o grande número de inscritos é fruto da extensa campanha de divulgação do programa pelos canais oficiais de comunicação da Corte, incluindo seus perfis nas redes sociais. Além disso, a comissão organizadora do programa manteve interlocução com diversas instituições de ensino públicas e privadas desde o lançamento do edital. – Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil* – YWD 984205