Fiscalização com radar móvel despenca desde 2019

Fiscalização com radar móvel despenca desde 2019

18 de maio de 2022 Off Por Redação

Em 2021 foram feitas 19.885 horas de fiscalização, contra as 41.610 registradas em 2019, uma queda de 52%

Apesar de o excesso de velocidade estar entre as principais causas de acidentes nas rodovias federais brasileiras, a fiscalização com radares móveis caiu pela metade no ano passado, na comparação com 2019, ano em que o governo federal determinou a suspensão das fiscalizações com estes equipamentos nas rodovias federais de todo Brasil.

Segundo dados disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2019 foram registradas 41.610 horas de fiscalização. Apesar de a Justiça determinar o retorno das fiscalizações, em 2020 os equipamentos funcionaram por 15.250 horas e, em 2021, por 19.885 horas.

Para fiscalizar os 75,8 mil km de malha rodoviária federal, a PRF possui hoje 242 radares portáteis e 115 radares fixos em funcionamento. Os equipamentos móveis podem ser usados em 1.050 trechos, considerados críticos em estudos técnicos e análise de dados feitos pela instituição. Embora não haja um número mínimo de radares por trecho de rodovia, já se provou à exaustão que estes equipamentos salvam vidas.

O excesso de velocidade causa acidentes de trânsito mais graves e letais. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um aumento de 20% na velocidade média do veículo amplia em 30% as colisões fatais. O controle da velocidade de tráfego por meio de radares é uma ação que reduz o número de sinistros de trânsito e também a gravidade e letalidade de ferimentos decorrentes desses eventos evitáveis”, afirma o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.