Exército reforça protagonismo nacional na capacidade de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear

Exército reforça protagonismo nacional na capacidade de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear

5 de dezembro de 2025 Off Por Redação

O Exército Brasileiro, por meio do Comando de Operações Terrestres (COTER), integrou o segmento militar da comitiva brasileira na 30ª Conferência dos Estados Partes da Organização para a Proibição de Armas Químicas (CSP-30), realizada de 24 a 28 de novembro de 2025. A delegação estava composta por integrantes do Sistema de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército (SisDQBRNEx), os quais realizaram a estruturação da pauta e coordenaram as reuniões bilaterais, expondo a importância, a expertise e o histórico da atividade DQBRN do EB para o Brasil e para a América Latina.

O órgão coordenador das tratativas brasileiras com a Organização para Proibição de Armas Químicas (Opaq) é o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), assessorado pelo SisDQBRNEx, cuja atuação integrada com o Ministério da Defesa e o Itamaraty reforçou a representação nacional no evento.

A participação reafirmou o compromisso do Brasil com o desarmamento químico, a não proliferação e a segurança química internacional, ampliando o reconhecimento da capacidade técnico-científica do país no cenário multilateral.

Comitiva interforças e interministerial

A delegação brasileira contou com militares do SisDQBRNEx, sob a liderança do Coter, atuando como órgão assessor do MCTI e do MD. Também integraram a comitiva representantes do MCTI, órgão responsável pela coordenação das tratativas com a Opaq, do Ministério da Defesa, da Marinha do Brasil e do Ministério das Relações Exteriores.

Agendas técnicas, reuniões bilaterais e avanços estratégicos

Durante a conferência, o Exército Brasileiro manteve interlocução com setores essenciais da Opaq, fortalecendo tanto a cooperação internacional quanto a capacitação de pessoal, o intercâmbio científico e a interoperabilidade entre as Forças Armadas e a comunidade global de defesa química.

Entre as principais agendas discutidas, estavam o diálogo técnico com o Centro Tecnológico Químico (ChemTech Centre) e com a Cooperação Internacional da Opaq, além de iniciativas como o Curso de Resposta a Emergências químicas (Chemex), cursos de Gestão de Resposta Química em Grandes Eventos, Capacitação para Mulheres do Grupo de Países da América Latina e Caribe (Grulac), Curso de Aspectos Médicos, Curso Básico de Química Analítica e o Twin Programme (parceria de tutoria dos laboratórios certificados pela Opaq e os laboratórios que buscam a certificação) com o laboratório do Marrocos.

Também foi discutida a possibilidade de treinamento de inspetores da Opaq no Brasil e participação brasileira em treinamentos na Eslováquia.

Pioneirismo do Exército Brasileiro em exercícios da Opaq

O Exército Brasileiro é pioneiro na realização de exercícios da Opaq em território nacional, conduzindo atividades no país desde 2007. Esses exercícios contribuíram para elevar o nível de prontidão nacional, fortalecer o Sistema DQBRN do Exército e consolidar a confiança internacional nas capacidades brasileiras.

Destaque regional do LAQ/IDQBRN, diplomacia de defesa e atuação do EB

Durante a declaração oficial do Brasil, o Embaixador Fernando Simas Magalhães ressaltou o papel estratégico do EB por meio do Laboratório de Análises Químicas (LAQ) do IDQBRN — único laboratório designado pela Opaq na América Latina e Caribe.

A conferência manteve o EB na liderança, como ator principal para a segurança internacional, para o desarmamento químico e para o fortalecimento das capacidades de resposta DQBRN no Brasil e no exterior.

Agencia GOV