Com 21 medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Brasil tem seu melhor resultado

Com 21 medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Brasil tem seu melhor resultado

10 de agosto de 2021 Off Por Redação

O Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal, está conectado a 90,4% dos pódios do Brasil

Vinte e uma medalhas, o maior número já obtido pelo Brasil em Jogos Olímpicos. Foi esse o saldo dos jogos de Tóquio que encerraram nesse domingo (8). E outra marca histórica foi alcançada, a conquista de três medalhas de ouro em um único dia. O feito ocorreu no sábado (7), com as vitórias no boxe, canoagem e futebol masculino.

Das 21 medalhas desta edição dos Jogos Olímpicos, sete foram de ouro, seis de prata e oito de bronze, o que garantiu ao Brasil a 12ª colocação no ranking de países. Elas foram alcançadas em 13 modalidades. Nos jogos anteriores, no Rio 2016, o Brasil somou 19 medalhas e ficou na 13ª colocação.

O Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal, está conectado a 90,4% dos pódios do Brasil. Isso porque, das 21 medalhas conquistadas no Japão, 19 têm participação de atletas com apoio do programa que é considerado um dos maiores do mundo de patrocínio individual. Foram seis ouros, cinco pratas e oito bronzes com a presença de atletas contemplados pelo programa. 

Um dos que recebem o incentivo do Governo é o medalhista de ouro na canoagem de velocidade C1 1000m, Isaquias Queiroz, que recebe o Bolsa Pódio. Ele resumiu o sentimento de muitos atletas que subiram ao pódio nos Jogos de Tóquio. “Pra mim, tudo que fiz na minha vida hoje valeu a pena”, disse. 

Isaquias Queiroz falou sobre o início da carreira e do apoio que teve do Bolsa Atleta. “Foi a primeira entidade a me ajudar financeiramente. Isso foi o ponto chave para eu não abandonar a canoagem. Quando comecei a ganhar o Bolsa Atleta eu tinha 15 anos, estava morando no Rio de Janeiro sem nenhum centavo no bolso e isso me deu tempo para eu continuar. Pude estabilizar um pouco mais a minha parte financeira e dar tranquilidade para o treinamento”, relatou.

Bolsa Atleta nas Olimpíadas

Do grupo dos 302 atletas convocados para os Jogos Olímpicos, 242, o que corresponde a 80%, fazem parte do programa. Nos Jogos de Tóquio, o programa só não esteve presente em dois pódios brasileiros, um deles foi o ouro do bicampeonato olímpico do futebol, porque o masculino não integra o Bolsa Atleta. E a prata do skate street de Rayssa Leal já que a jovem tem 13 anos e a idade mínima para fazer parte do programa é 14 anos.

Um levantamento do Ministério da Cidadania aponta que, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, o grupo de medalhistas das modalidades individuais e em dupla, responsável por 19 das 21 medalhas, recebeu R$ 8,3 milhões de forma direta, via Bolsa Atleta. Quando se leva em conta a relação histórica dos esportistas com o programa, desde 2005, o montante investido sobe para R$ 12,7 milhões.

Medalhas do boxe

O boxe teve a melhor campanha de sua história em Tóquio, com um ouro, uma prata e um bronze. Herbert Conceição, pugilista da categoria até 75 quilos, foi um dos atletas que obteve o ouro no sábado. Ele venceu a luta por nocaute no terceiro assalto e conta que, no momento da conquista, a sensação foi de que valeu a pena todo o esforço.

O boxeador citou o apoio do Bolsa Atleta na sua formação. Ele tem o Bolsa Atleta Internacional e integra o Programa de Alto Rendimento da Marinha do Brasil.

“Com 15 anos comecei a receber o Bolsa Atleta e era a minha única e principal fonte de renda. Era quando eu conseguia somente focar nos treinamentos. Eu não precisava trabalhar com outras coisas simultaneamente aos meus treinos. Senão, o meu rendimento não seria o mesmo. Então, eu sou muito grato ao programa Bolsa Atleta. O Bolsa Atleta apoia, mata a fome e alimenta o sonho de muitos jovens brasileiros e isso é muito importante”, disse.

Esportes estreantes

O surfe e o skate tiveram uma estreia de peso nas Olimpíadas garantindo quatro medalhas para o Brasil. Do surfe veio o ouro com Ítalo Ferreira que recebe o Bolsa Pódio. E o skate somou três pratas. Duas delas de esportistas do Bolsa Pódio, Pedro Barros na categoria skate park e Kelvin Hoefler, no skate street. A outra medalhista é Rayssa Leal.

Fazendo história

A passagem do Brasil pelos Jogos de Tóquio teve feitos inéditos. A ginasta Rebeca Andrade, que tem o Bolsa Pódio, conquistou as duas primeiras medalhas da história na ginástica artística feminina na competição. Um ouro e uma prata.

Um pódio sem precedentes foi o da dupla do tênis feminino Laura Pigossi e Luisa Stefani que obtiveram medalha de bronze. Luisa Stefani recebe Bolsa Atleta Internacional do Governo Federal.

Ainda teve a prova de 400 metros com barreiras do atletismo em que Alison dos Santos conquistou a medalha de bronze em uma prova disputadíssima que foi a mais rápida da história da categoria. Ele recebe o Bolsa Pódio e faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.

Cerimônia de encerramento

Na cerimônia de encerramento, no domingo (8), a porta-bandeira do Brasil, foi a ginasta Rebeca Andrade, que conquistou o ouro no salto e a prata no individual geral. Rebeca é a primeira atleta mulher brasileira a garantir duas medalhas em uma mesma edição de jogos. Ela tem o apoio do Bolsa Pódio.

No encerramento, houve a passagem do bastão para a próxima sede que será Paris, em 2024. Em Paris, atletas celebraram ao lado da Torre Eiffel.

No dia 24 de agosto ocorrerá a abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio que vão até o dia 5 de setembro.

Investimento no esporte

O Ministério da Cidadania assegurou para o Bolsa Atleta, no ano de 2021, um orçamento de R$ 145,2 milhões, o maior desde 2014. O valor é superior, inclusive, ao de 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, que foi de R$ 143 milhões.

O Governo Federal é o maior patrocinador do esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro, formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte

Programa de Atletas de Alto Rendimento

Os atletas militares representam 30% da delegação brasileira em Tóquio, com mais de 90 esportistas. Segundo o Ministério da Defesa, o programa é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades.

Ao fazer parte do programa, os atletas militares têm os benefícios da carreira que são salário, férias, assistência médica e odontológica, nutricionista e fisioterapeuta. Eles ainda têm à disposição instalações esportivas em organizações militares das Forças Armadas para treinar.

Medalhistas

O Brasil recebeu 21 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. Confira os vencedores.

Medalha de Ouro

  • Ana Marcela Cunha – maratona aquática. Recebe o Bolsa Pódio e é integrante do programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, pela Marinha.
  • Isaquias Queiroz – canoagem de velocidade C1 1000m. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Ítalo Ferreira – surfe. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Herbert Conceição – boxe na categoria peso médio. Recebe o Bolsa Atleta Internacional. É atleta do Programa de Alto Rendimento da Marinha do Brasil.
  • Martine Grael e Kahena Kunze – vela. Recebem o Bolsa Pódio do Governo Federal. Kahena Kunze faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Rebeca Andrade – medalha no salto da ginástica artística. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Time de Futebol Masculino

Medalha de Prata

  • Kelvin Hoefler – skate street. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Pedro Barros – skate park. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Rayssa Leal – skate street. Com 13 anos, não integra o programa. A idade mínima para fazer parte do Bolsa Atleta é 14 anos.
  • Rebeca Andrade – medalha na ginástica artística feminina individual. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Beatriz Ferreira – boxe categoria peso leve. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Também integra o quadro de atletas do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Time de Vôlei Feminino

Medalha de Bronze

  • Abner Teixeira – boxe, peso pesado. Recebe o Bolsa Atleta na categoria Internacional e participa do Programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, no Exército Brasileiro.
  • Alison dos Santos – atletismo: 400 metros com barreiras. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Bruno Fratus – natação, nos 50 metros livre. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Daniel Cargnin – judô, na categoria peso meio-leve, até 66 kg. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Fernando Scheffer – natação, nos 200 metros livre. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, no Exército Brasileiro.
  • Luisa Stefani e Laura Pigossi – dupla de tênis. Luisa Stefani recebe Bolsa Atleta Internacional do Governo Federal.
  • Mayra Aguiar – judô, na categoria meio-pesado, de até 78 kg. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Thiago Braz – salto com vara. Recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.
Quadro de Medalhas

Foto: Breno Barros/rededoesporte.gov.br