HGG monitora possíveis rejeições de órgãos transplantados
28 de setembro de 2021Desde o mês de agosto, o Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG estruturou um serviço de coleta de exames de pacientes transplantados para dosagem de imunossupressores. O objetivo desse novo procedimento, que faz parte das ações desenvolvidas pela unidade do Governo de Goiás em celebração ao Setembro Verde, é garantir a qualidade assistencial, praticidade e conforto, além de resultar em exames mais precisos para o acompanhamento médico.
Os exames realizados permite constatar se o paciente está tendo alguma rejeição com o órgão transplantado, infecção ou toxicidade. Anteriormente, tais procedimentos eram de responsabilidade dos próprios pacientes, que os realizavam em outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) ou pela rede particular.
Para a realização do exame, o paciente vai passar pela consulta ambulatorial e sairá com o agendamento para o procedimento. O serviço será realizado de segunda a sexta-feira, no período da manhã, das 6 às 8 horas, antes do horário da medicação diária do paciente.
Acompanhamento
De acordo com a diretora de enfermagem do HGG, Natálie Alves, a realização dos exames no hospital vai garantir um melhor acompanhamento médico desses pacientes. “Para a equipe médica, garante um acompanhamento preciso das dosagens, uma vez que será realizado sempre no mesmo laboratório, conseguindo visualizar a evolução desses exames de forma mais eficaz”, comenta.
Natálie explica ainda que todo paciente pós-transplante renal ou hepático realiza com frequência essa dosagem – o paciente que fez o transplante há mais de um ano volta para consultas ambulatoriais a cada dois meses, e o transplantado há menos de um ano, tem o retorno mensal.
“O resultado do exame de dosagem de imunossupressor é apresentado ao médico durante essas consultas de acompanhamento. É importante monitorar a dosagem para verificar se há infecção, toxicidade e avaliar se existe algum tipo de rejeição”, acrescenta a diretora.
‘Chequinho’
A realização dos exames no próprio hospital é uma conquista para os pacientes, já que promove maior comodidade, padronização dos exames, diminuição do tempo entre o resultado do exame e a avaliação médica, além da redução dos custos arcados por eles.
“Anteriormente, o paciente era responsável pela coleta do exame, então, eles tentavam o ‘chequinho’ pelo SUS, mas é um tipo de exame que eles não conseguiam facilmente. Raros eram os pacientes que conseguiam dessa forma, e a grande maioria desses pacientes acabava tendo que pagar pelo exame”, diz a médica nefrologista do Serviço de Transplante Renal do hospital, Juliana de Oliveira Barbosa.
Ela pontua que o valor do exame varia muito, dependendo de onde ele é feito. “Esse exame não tem uma tabela fixa, um preço fixo. Eu já vi pacientes pagando 90 reais pelo exame, como já vi pagando 400 reais, dependendo da cidade que o paciente mora. Então, para eles, era muito difícil, por conta do aspecto financeiro, de eles terem acabado de ter perdido uma aposentadoria, a questão do INSS, que eles estavam afastados.”
Em alguns casos, continua a médica, os pacientes relatavam que deixavam de comprar alimentos para conseguir pagar os exames. “A gente tentava ajudar na melhor maneira possível. Sem dúvida nenhuma, agora o benefício vai ser incrível, até mesmo na parte da adesão ao tratamento.”
Secretaria Estadual de Saúde- SES/ Idtech