Aeroportos devem fechar 2025 com mais de 128 milhões de passageiros
4 de novembro de 2025A movimentação nos aeroportos brasileiros deve bater recorde e chegar 128 milhões de passageiros. O desempenho histórico da aviação civil brasileira foi um dos temas do programa Bom Dia, Ministro desta terça-feira (4/11), que recebeu o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
“A gente está tendo o melhor ano da história do turismo brasileiro, como também a gente está tendo, automaticamente, o melhor momento no volume de passageiros da história do país”, disse o ministro
“Para você ter uma ideia, quando o presidente Lula assumiu o governo, em janeiro de 2023, nós tínhamos tido no ano de 2022, 98 milhões de passageiros. Nós estamos terminando o ano agora com mais de 128 milhões. Ou seja, já são mais de 30 milhões de passageiros incluídos na aviação do país. Isso é um crescimento, em média, em mais de 10%”.
Entre julho e setembro, o Brasil alcançou mais um recorde: 33,6 milhões de passageiros viajaram em voos domésticos e internacionais, 2,6 milhões a mais que no mesmo período do ano passado, o que representa uma alta de 8,5%. O desempenho confirma a trajetória de expansão do setor, que já acumula 54 meses consecutivos de crescimento e mantém o ritmo acima dos níveis pré-pandemia (30,3 milhões em 2019).
Durante o programa, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), destacou que a movimentação recorde gera mais oportunidade de emprego e renda.
Isso significa o fortalecimento do turismo de negócios, o fortalecimento do turismo de lazer, já que a cada quatro turistas que chegam a uma cidade, é uma oportunidade de emprego e de renda que é gerado para a população. A gente está tendo um crescimento no turismo nacional em torno de 10%. Ou seja, os brasileiros estão viajando cada vez mais para o Brasil, movimentando as economias regionais”, disse
“E o turismo internacional batendo todos os recordes. No ano de 2024, nós tivemos um crescimento em 14%, saindo de 7 milhões de estrangeiros que vieram para o Brasil, para mais de 8,5 milhões de estrangeiros, e este ano nós vamos passar de 9,5 milhões de estrangeiros visitando o Brasil, com a média de crescimento no turismo internacional em mais de 10%. Não só para fazer o turismo de negócios, como também para fazer o turismo de lazer, e isso tem impactado fortemente o crescimento do turismo internacional. O turismo é uma indústria limpa, é uma indústria importante para a economia brasileira e é por isso que eu tenho trabalhado muito ao lado do presidente Lula para que a gente possa avançar em políticas de fortalecimento à aviação brasileira, que vai desde fortalecer as companhias aéreas, vai desde ampliar a aviação regional, como também investimentos aeroportuários, já que a gente está fazendo o maior volume de investimentos aeroportuários da história do país”.
Oportunidades
Para o ministro, os indicadores econômicos do Brasil, como o crescimento seguido do PIB (Produto Interno Bruto), menor desemprego da história e maior renda dos trabalhadores, aliados a programas sociais, como o Bolsa Família, Gás do Povo, Pé-de-Meia e Minha Casa, Minha Vida, criam o cenário ideal para investimentos estrangeiros. De acordo com ele, as concessões em petróleo e gás, energia, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos devem chegar a mais de R$ 300 bilhões em investimentos.
O Brasil voltou a crescer, voltou a gerar emprego, gerar renda, tanto é que nós estamos com o menor desemprego da história do Brasil. Nós estamos tendo uma média de três anos de crescimento do PIB em mais de 3%, crescimento no setor de serviços, crescimento na indústria, crescimento no turismo. A Bolsa (de valores) batendo recordes. A inflação é controlada e isso tudo vai impactar fortemente no desenvolvimento do Brasil. Tanto é que nós estamos tendo o maior volume de concessões da história do Brasil, ao lado da iniciativa privada. São mais de 300 bilhões de investimentos”, afirmou Silvio Costa Filho
“A gente voltou a tirar o Brasil do Mapa da Fome. O Brasil hoje é um dos países que mais cresce no mundo. O Brasil está tendo hoje uma grande oportunidade de diálogo com o setor produtivo, que está fazendo um grande volume de investimentos no Brasil”.
No bate-papo com radialistas de várias regiões, o ministro de Portos e Aeroportos citou que o governo deve lançar no mês que vem uma linha de crédito inédita voltada a companhias aéreas.
“Serão R$ 4 bilhões que serão ofertados para que as companhias aéreas possam pegar esses recursos e poder fazer investimentos, compra de novas aeronaves, requalificar aviões existentes. Para você ter uma ideia, tem companhia aérea hoje no Brasil que tem 10 aviões em solo. Não conseguem viajar pelo Brasil porque não tem dinheiro para comprar o motor, que cada motor de avião é mais de 10 milhões de dólares. Então, a gente está fazendo um grande programa de reestruturação das companhias aéreas no Brasil”.
Eu pergunto a você, o que foi feito na pandemia para ajudar? O que o governo brasileiro fez para ajudar essas companhias aéreas? Não foi feito nada de apoio. Então por isso que todas elas entraram no processo de recuperação judicial. E agora a gente está reestruturando as companhias aéreas do Brasil, tem dado todo o apoio para que a gente possa fortalecer a aviação e, sobretudo, fazer com que mais brasileiros possam viajar pelo Brasil”, explicou o ministro
Preço das passagens
O ministro também reforçou o compromisso do Governo do Brasil para reduzir o preço das passagens aéreas, reconhecendo a inflação global do setor pós-pandemia.
A gente já paga um custo alto na passagem e defendo que não seja cobrada a taxa de bagagem. Nesses últimos três anos e dez meses, tivemos uma queda de mais de 6% no custo da passagem no Brasil”, ressaltou Silvio Costa Filho
“As companhias têm liberdade de fazer as operações mercadológicas. Entretanto, temos trabalhado para buscar alternativas para reduzir o custo da passagem”.
Portos
Outro assunto abordado durante o programa é a infraestrutura portuária brasileira, que receberá R$ 35 bilhões em investimentos públicos e privados para modernização e ampliação da capacidade em terminais estratégicos. Em leilões recentes, a pasta concluiu concessões que vão impulsionar o escoamento da safra em Paranaguá (PR), o setor de óleo e gás no Rio de Janeiro (RJ) e o turismo de cruzeiros em Maceió (AL).
O maior aporte será destinado ao Porto de Paranaguá, o segundo maior do país. O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD) investirá R$ 1,22 bilhão para aprofundar o canal de acesso (dragagem), aumentando de 13,5 para 15,5 metros. A obra é fundamental para permitir o acesso de navios de grande porte e ampliar a capacidade operacional e a eficiência no escoamento da produção agrícola de outros estados, além de impulsionar o comércio internacional.
No Rio de Janeiro, a Petrobras arrematou o Terminal RDJ07 e investirá R$ 99,4 milhões para fortalecer o apoio logístico às atividades de exploração e produção offshore. Já em Maceió (AL), o Consórcio Britto-Macelog II venceu o leilão do Terminal de Passageiros (TMP) e aplicará R$ 3,75 milhões para consolidar o local como um polo de cruzeiros marítimos no Nordeste, melhorando a experiência dos visitantes e aquecendo a economia local.
A Lei dos Portos foi criada em 2013. De 2013 a 2022, nós tivemos 41 leilões no Brasil com investimentos na ordem de R$ 8 bilhões. Nos quatro anos do nosso governo, liderado pelo presidente Lula, nós faremos mais de 60 leilões no Brasil, o equivalente a mais de R$ 35 bilhões de investimentos. Já fizemos 26 leilões, e a gente espera fazer nesse próximo um ano e meio, o equivalente a mais de 25 leilões”, disse
“A exemplo do Santos (Tecon) 10 (terminal de contêineres), que será o maior leilão da história. Vamos fazer a hidrovia do Paraguai, que será a primeira concessão hidroviária da história do Brasil, entre outros leilões, que vão fortalecer ainda mais o setor portuário brasileiro. Um setor que tem crescido em média 5%, um setor que tem batido recordes. No ano passado, nós tivemos mais de 1,3 bilhão de toneladas de movimentação nos portos brasileiros. E vamos continuar crescendo, para que a gente possa não só fortalecer os grandes portos, mas também estimular novos portos ou portos que precisam ser estruturados por todo o Brasil”, afirmou o ministro.
Eduardo Biagini | Agência Gov




