Aparecida segue tendência de desaceleração dos casos ativos de covid-19
15 de abril de 2021Cidade está no cenário amarelo. Isolamento social intermitente por escalonamento regional continua no município e comércios ficam fechados uma vez de segunda à sexta-feira. Aos domingos, todos os estabelecimentos não essenciais fecham
Na segunda-feira, 12 de abril, primeiro dia de retorno ao cenário amarelo (risco moderado) da pandemia em Aparecida de Goiânia, dados da Secretaria de Saúde (SMS) apontaram desaceleração da transmissibilidade e do número de casos ativos da covid-19, bem como redução da pressão no sistema de saúde municipal e nas taxas de ocupação de leitos de UTI. Mesmo assim, a pasta alerta que o escalonamento regional intermitente continua. No cenário atual, os comércios de cada uma das 10 macrazonas da cidade ficam fechados uma vez de segunda à sexta-feira, inclusive os essenciais. Aos domingos, todos os estabelecimentos não essenciais da cidade fecham.
De acordo com o secretário de Saúde Alessandro Magalhães, a análise permanente do cenário epidemiológico da cidade tem demonstrado, nos últimos 10 dias, uma desaceleração no número de casos ativos e da pressão do sistema de saúde municipal: “A taxa de ocupação de leitos de UTI tem caído gradativamente, hoje ela está, em média, a 75%. Especificamente para casos de covid-19, temos 180 leitos de UTI e 152 de enfermaria disponíveis, sendo 37 vazios.”
O gestor ainda destaca a redução no índice de transmissibilidade (Taxa R) do novo coronavírus no município. “O R calculado no final da semana passada está em 0,98, abaixo de 1, o que significa que cada 100 pessoas com a doença podem contaminar outras 98. Ainda não é o que queremos atingir, mas é um dado que indica uma tendência de desaceleração da doença no município conforme parâmetros científicos do Imperial College de Londres.
Decisão científica
Essas informações, aliadas a outros indicadores, fundamentaram o Comitê Municipal de Prevenção à Covid-19 para a decisão de retorno ao cenário amarelo (risco moderado). No último dia 6, o grupo que é coordenado pelo secretário Alessandro Magalhães, fez uma nova avaliação do cenário epidemiológico do município após 21 dias da suspensão das atividades econômicas não-essenciais iniciada em 15 de março. Para tal deliberação, o Comitê considerou, dentre outros aspectos, o aumento do número de leitos de UTI e enfermarias na rede municipal, a testagem em massa permanente, as medidas sanitárias implantadas na cidade e a redução do número de casos ativos no período.
“Para tomar uma decisão tão importante, analisamos diariamente 8 indicadores essenciais no município, tais como os casos ativos, a média móvel de exames de diagnóstico para covid-19 (RT-PCR) positivos, a letalidade, a quantidade de profissionais afastados pela doença e a taxa de ocupação de leitos de UTI. Agora notamos uma redução gradativa nos últimos dias e constatamos, também, que o escalonamento regional tem contribuído para esses resultados positivos. A população entende a gravidade da pandemia e sabe que, se num dia tem que fechar os estabelecimentos, no outro pode-se trabalhar sem descuidar das medidas sanitárias”, pondera o secretário, que acrescenta: “Esse modelo de escalonamento facilitou o distanciamento social, que está por volta de 46% na cidade e possibilitou essa decisão.”
Uso correto das máscaras
Na opinião do secretário, esses indicadores positivos reforçam “o cenário atual de estabilidade com tendência a redução do número de casos e de pressão no sistema, mas não podem servir para quaisquer descuidos da população. Não é hora de relaxar no uso correto das máscaras, por exemplo. Máscara com o nariz de fora ou no queixo é o mesmo que não estar usando. Sempre digo para as pessoas usarem esta proteção adequadamente e orientar amigos, parentes e colegas a respeito.” Ele também frisa que a higienização das mãos, o uso do álcool gel, a ventilação dos ambientes e o distanciamento social “são indispensáveis. Só se deve sair para trabalhar e para o estritamente necessário, como para comprar alimentos e ir a consultas de saúde que não podem esperar. Quem puder, deve ficar em casa”.
Perspectivas para abril
O secretário de Saúde espera que essa tendência positiva persista e alerta:
Por Polliana Martins / Prefeitura Aparecida
Foto: Claudivino Antunes